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Eu sempre quis escrever. Já com 7 ou 8 anos de idade dizia que iria ser escritora.
A parte de escrever realmente aconteceu, mas não exatamente como eu gostaria.
Segui aquele argumento clássico de que quem gosta de ler e escrever deve estudar Direito – ninguém nunca apoiou a vontade que eu tinha de cursar Jornalismo. Depois de me formar, passei mais de 16 anos escrevendo, escrevendo muito, escrevendo tanto para o trabalho que a minha vontade de escrever sobre qualquer outra coisa morreu por completo (sim, minha relação com o Direito será tema para alguns textos).
Nesse meio tempo, voltei para a universidade para cursar Letras, mas não consegui concluir o curso por ser incompatível com a minha rotina de trabalho. Até hoje me arrependo de não ter insistido mais antes de desistir – adorava o curso! –, mas não era possível aproveitá-lo como deveria enquanto estava soterrada no meio dos processos.
Quando resolvemos mudar para o Canadá, num primeiro momento achei que todas as possibilidades estavam abertas de novo para mim, mas por um sentimento de conveniência e também por pressão de todos os lados (profissional, social, familiar...), decidi fazer um mestrado em Direito. Sim. Quase uma maldição. A mudança de país já era uma ruptura bem grande, não tive coragem de romper com tudo num primeiro momento.
E então chegou 2020. Em virtude do cancelamento das minhas aulas do mestrado no verão (de maio a agosto aqui), pela primeira vez desde 2003 fiquei sem nada para fazer e pude sair do piloto automático para pensar sobre como gostaria que a minha vida fosse dali para a frente. Não posso me queixar da pandemia, mas é incrível ter precisado de algo tão drástico para tomar uma decisão que já deveria ter sido tomada há muito tempo.
Acabei trocando meu mestrado em Direito Empresarial (Droit des Affaires aqui) por um college em Social Media Management, e, dentro do campo do Marketing Digital, achei a profissão que pretendo seguir: copywriter.
O caminho vai ser longo. Apesar de toda a minha experiência com a escrita, há muito para aprender. Toda a parte do Marketing é novidade, interessantíssima, mas um mundo desconhecido para explorar. Preciso também estudar bastante inglês e francês para aprimorar a redação. Preciso aprender as técnicas voltadas para a escrita persuasiva característica do copywriting. Preciso praticar o português, que sempre pode ser melhorado. E preciso ler muito, literatura de todo o tipo, porque não há como escrever bem sem buscar inspiração nas melhores fontes – não poderia ser melhor!
Estou animada com o que está por vir, mesmo sabendo que recomeçar não vai ser fácil. E pode ser que dê tudo errado. Ou que dê certo, mas não da forma planejada. Impossível saber agora – e isso não é um problema, até faz parte da animação.
Quem quiser acompanhar o processo por aqui será muito bem-vinda(o).
Sintam-se à vontade para dividir experiências parecidas. Tenho certeza de que não estou sozinha.
Foto: Budapeste, 09/04/2013
https://en.wikipedia.org/wiki/Anonymus_(notary_of_Béla_III)
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